Ontem o dia amanheceu triste como há muito não acontecia. Era uma tristeza que vinha lá de dentro, mas sem lugar definido.
Assim como o céu, meu dia interno estava meio cinzento e eu me sentia anestesiada.
Em uma conversa com uma amiga querida, comentei sobre meus sentimentos e pedi uma leitura intuitiva, vieram algumas verdades, boas verdades e uma constatação, mas a tristeza ainda persistia...
À noite, durante os estudos no grupo de Apometria – algo que amo tanto como ao Thetahealing –, veio a resposta do motivo dessa tristeza...
Foi feito o resgate de várias mulheres acorrentadas por anos e séculos ao medo, medo do seu poder, medo em função da subjugação imposta a esses seres de luz que trazem vida ao planeta, medo de ser feminina e ser punida por isso, foram tantos medos que um ser disforme e “monstruoso” residente nas profundezas abissais do oceano, cujos olhos vermelhos eram a única coisa possível de ver com clareza, alimentava-se há milênios apenas disso: o medo.
Foram amazonas, índias e africanas guerreiras, pretas velhas, seres de imenso amor e luz, as responsáveis pelos resgates dessas inúmeras mulheres acorrentadas em carros de boi com aguilhões nos pescoços, jogadas ao mar para morrerem afogadas, escravas sexuais de seus “donos”. Foram muitas as mulheres que ganharam a liberdade após o fim dessa ligação destrutiva que alimentava esse “monstro do medo” e mesmo esse “monstro” foi resgatado para começar a trilhar seu verdadeiro caminho: o amor.
Ontem presenciamos o resgate do feminino, não só dessas mulheres, mas nosso e de todos os seres humanos. Porque não nos enganemos, homens ou mulheres nessa vida, todos temos o feminino e o masculino dentro de nós e a maioria dos seres humanos carrega um profundo desequilíbrio entre essas energias, por pura ignorância do poder que essas forças nos trazem.
E esse resgate foi tão profundo que hoje cedo meditando, pude acessar minha vida desde embrião na barriga da minha mãe e várias situações importantes pelas quais passei desde minha geração, as promessas que me travaram, as pessoas que me fizeram crescer e ainda fazem.
Pude liberar juramentos que me prendiam ao passado e a determinadas pessoas, pude ir e voltar ao exato ponto onde reneguei boa parte do meu poder feminino e passei a caminhar mecanicamente pela vida até novembro de 2018, quando um novo caminho começou a se descortinar e encontrou o novo trilho definitivamente em fevereiro de 2019.
Gratidão a todas essas forças que me permitiram participar não só do resgate dessas muitas mulheres, de mim mesma, do feminino de nós seres humanos em constante evolução. Gratidão ao Criador por ser puro amor e tanta perfeição, amparando-nos e respeitando nosso livre arbítrio, ainda que nossas escolhas não sejam as mais acertadas em algum momento. Gratidão a todas as pessoas que passaram, passam e passarão pelo meu caminho e que, de algum modo, trazem ensinamentos. Não tocamos o caminho das pessoas ao acaso, todos aprendemos e temos algo a ensinar ao companheiro de jornada. Gratidão à vida por ser bonita e bonita, como dizia o poeta.
Vocês já se perguntaram quais escolhas fizeram e têm feito em suas vidas e para onde elas os estão levando? É sempre tempo de se reinventar, de se olhar. Já se olharam no espelho e se permitiram sentir o que verdadeiramente sentem por essa pessoa que os olha de volta? É sempre tempo de recomeçar. O trem da vida somente toma o melhor caminho, quando temos a coragem de olhar para dentro, para nossos próprios “monstros”, curar nossas feridas e assumirmos nosso poder, nosso potencial. Quanto amor você tem despendido por você mesmo nessa jornada? Quando foi que se permitiu se tornar o comandante dessa viagem terrena chamada vida?
Hoje o céu continua nublado, mas meu coração acordou em paz...
Com amor,
Simone Higino